sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Crise dos 30

A Crise dos 30 (por Luís de Miranda)


Antigamente, R$ 240.51 era um bom dinheiro. Hoje em dia não dá nem pra pagar o ônibus.
Antigamente, R$ 15 eram mais um booster. Hoje em dia, são 5 Stellas.
Antigamente, a 5ª edição era nova. Hoje em dia, nem sei mais qual é a atual edição.
Antigamente, o número era 65. Hoje em dia, passou a ser o incrível 92.
Antigamente, a mulher da sua vida tinha 17 anos. Hoje em dia?
Antigamente, 25 era coroa. Hoje em dia, 25 é novinha.
Antigamente, o Corinthians não havia conquistado a Libertadores. Hoje em dia, ficou pior ainda.
Antigamente, o Rubinho era a decepção do Brasil na F1. Hoje em dia, a decepção tem o Rubinho, o Massa e o Bruno Senna.
Antigamente, o bom era o Kiske. Hoje em dia, quem é Kiske mesmo?
Antigamente, Stratovarius era demais. Hoje em dia, prefiro até Gustavo Lima.
Antigamente, o Lula era mais um analfabeto. Hoje em dia, é o doutor Honoris Causa mais invejado do Brasil.
Antigamente, o mundo deveria acabar em 1999. Hoje em dia, supostamente acaba em 2012.
Antigamente, ladrão era o PFL. Hoje em dia, nem mesmo o pobre do PSTU se salva.
Antigamente, acreditava em deus. Hoje em dia?
Antigamente, só depois do casamento. Hoje em dia, ah fala sério....
Antigamente, ninguém morria, só os vilões dos filmes. Hoje em dia, alguns dos seus hérois infelizmente se foram.
Antigamente, queria mudar o mundo. Hoje em dia, luto por isso todos os dias.
Antigamente, sonhava.
Hoje em dia, vivo.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O Imortal

É irmão, os planos eram outros. Juro que ainda não pude entender o que aconteceu.
Deveríamos viajar para Machu Picchu ou para os EUA, quem sabe?
Que tal o Rock In Rio 2013, ou o Revellion 2012 mais uma vez em Itacaré?
Mais uma nova mania, mais uma nova conversa, mais uma nova banda?
Que saco, não deu! Não é justo, mas é o fato.
É claro que focar naquilo que não pode mais ser é pura tolice. Como você diria, 'quase e nada são a mesma coisa, são palavras ao vento'.
Prefiro olhar para trás e ver o quão bom foi ser seu amigo nos últimos anos.
Olha, se fosse enumerar todas as coisas maravilhosas que nós (eu você e a 'galera') fizemos juntos, esse post não teria fim.
Quantas vezes nos reunimos para exaltar nosso grupo de amigos?
Quantas vezes acordamos os vizinhos aos berros dizendo 'brothers'?
Quantas vezes jogamos juntos, saímos juntos, viajamos juntos, sorrimos e choramos juntos cara?
É... nós todos vivemos juntos por esses últimos 13 anos. Foi bom pra caramba!

Mas irmão, lhe garanto: sua vida não acaba por aqui.
Vai viver dentro de nós.
Todas as vezes que nos reunirmos de agora em diante, todas as vezes, você vai estar lá.
Carregaremos conosco as lembranças que vivemos juntos com você.

Você não foi o nosso herói cara, você persiste em ser uma referência para nós todos.
Ninguém morre enquanto permanece vivo no coração dos outros, e em nossos corações você está.

Sr. Adilton, descanse em paz.
Você merece descanso depois de tudo de bom que acrescentou em nossas vidas.
Queria poder fazer mais por você, mas o melhor que posso é carregar comigo sua essência.
E assim será até o fim, até o último dia.
Sinceramente, obrigado por ter me ajudado a acreditar que eu poderia ser alguém na vida.

Um abraço meu irmão.

Luís.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Infinito

O que é passado morreu, que pena. Mas não há tempo para lamentos pois o futuro sempre está chegando. Não é preciso esquecer todas as coisas fantásticas que fazem parte do passado, mas todas elas não estão mais aqui conosco. Renove-se. Experimente o presente como um vínculo com aquilo que virá e não como uma prisão com o que já se foi. Afinal, o fluxo do tempo viaja freneticamente no sentido de tudo o que nos espera no futuro. Reinvente-se. Viajar para tempos futuros é emocionante. Basta tentar se projetar em coisas boas que estão logo ali, alguns anos a frente, esperando para você chegar. Viajar para tempos passados é nostálgico, geralmente nos traz alguma dor ou apego ao que não podemos mais interferir. O futuro está próximo, porém o passado é inalcançável. Recrie-se. Faça novos amigos, procure por novos projetos profissionais, programe viagens legais, viva novos amores, aprenda novos idiomas, descubra novos talentos dentro de você, invente novas teorias, que tal achar algo de novo? Remolde-se. Se alcançamos o futuro com alguns passos, o passado é só um lugar onde os carros, submarinos ou aviões não conseguem chegar. Renove-se, conecte-se ao que ainda está vivo ou vai nascer, deixe aquilo que já passou morrer. Renove-se.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O início, o meio e o fim.

Bem, decidi escrever um post sobre minha crença na vida. Na realidade, acabei de ver o vídeo onde C.G. Jung narra o porque dele acreditar em vida após a morte (veja aqui ). Acho que um sr. velho tem o direito de acreditar que a morte não é o fim. Mas por mais que o sr. seja C.G. Jung, é só a fé dele, é o que ele acredita. Sinceramente, não vejo razão concreta para acreditar no mesmo que este senhor. Enquanto não ocorrer um fenômeno paranormal inquestionável, eu vou acreditar firmemente que essa é a única vida que nós todos temos. Sem céu, inferno, punição ou redenção. O paraíso e o inferno ficam aqui. Cabe a nós decidirmos em qual dos dois queremos viver. Não precisamos ser reféns de nenhuma crença, nenhuma entidade onipotente. Não precisarmos viver no regime da chantagem para sermos felizes ou alcançarmos a paz interior. Até acredito que exista um criador, porém duvido que poderíamos descrevê-lo em algum livro ou alguma crença pessoal. Não acredito que o criador, se é que existe, interfira no que acontece aqui. Somos nós, nosso trabalho, nossa família e os nossos outros irmãos. Alguém precisa mais do que isso? Quer ser livre de verdade? Então não seja refém de entidade alguma, religião alguma. Seja feliz, respeite o próximo, viva em plenitude, curta bastante. Tudo isso sem depender do aval de nenhum ser exterior para lhe dizer o que você pode ou não pode fazer. Enfim, acredito firmemente que depois disso não há mais nada. Isso aqui é o início, o meio e o fim.

domingo, 15 de maio de 2011

Work

This is my gasoline,
set it free, let it go.
This is my real fuel,
release it, let it flow.

Maybe an addiction, or just future prediction.
I don't care about worthless stuff anymore.
Who cares what is hell, whenever we're in heaven?
Now, forget about fucking traditions and let us burn some gasoline!

This is my gasoline,
set it free, let it go.
This is my gasoline,
release it, let it flow.

Know exactly what really matters,
what I have to do, know precisely where to go.
Is this everything, what cames after?
Or is it just gasoline?


Anyway, I only need my real love
Me or my gasoline?
Whatever, never mind,
Fuck off and let it burn!

domingo, 10 de abril de 2011

Construir

Construo e desconstruo, para depois ter que refazer novamente.
Começo e insisto, até que encontre motivos para no futuro desistir.
Reinicio mais uma vez após terminar, para antes de concluir, começar de novo.

Sou o maior defensor das causas perdidas, entretanto já desisti de causas ganhas para que elas se tornassem perdidas uma vez mais.
Dentre os de esquerda, sou reacionário, porém para os de direita vivo o comunismo pleno.
Não sou fã de Fidel, muito menos simpatizante de George Bush, apesar de ter medo de Hugo Chavez.
Para os cristãos sou pagão ou secular, contudo para os ateus acredito em contos de fadas.
Sou o mais frio dos dramáticos, apesar de que já ter sido insensível de maneira a mostrar como sou demasiadamente emocional.

A melhor sensação do mundo é a de andar em círculos e depois descobrir que parei em um outro lugar.
Não há nada pior do que vagar aleatoriamente em busca de um epílogo, para então voltar ao mesmo ponto.
Certamente, o fim está longe de ser o começo, que por hora fica bem perto do fim.

Eu construo e em seguida destruo, para depois criar novamente.

Poesia com a Zi

"Sempre digo nunca, nunca digo sempre. O que eu faço é outra coisa...
Às vezes digo nunca, outras digo sempre.
Constantemente, quando digo nunca é por que é para sempre,
e quando digo sempre, quero dizer nunca."

quinta-feira, 24 de março de 2011

Minha Flor

Hoje minha flor foi embora


Seu outono chegou, é tempo das pétalas caírem
Depois de tantas primaveras juntos, me restam muitas boas lembranças com você.

Flor,
Aprendi a acreditar em dias melhores,
aprendi a lutar contra adversidades,
aprendi a acreditar em mim,
aprendi a não desistir com você.
Tudo isso por sua causa, e lhe garanto que vou carregar comigo todos os seus ensinamentos.

Eu, semente, quero espalhar a beleza que você deixou aqui
e desejo aprender com os espinhos difusos que te cercavam.

Eu te amo, e sempre amarei.

Até amanhã mãe.

Luís

terça-feira, 8 de março de 2011

O Triste Fim dos Alemães Perdidos

Já faz algum tempo que a polícia invadiu e 'pacificou' o Complexo do Alemão.
Lembro-me que durante a invasão, a estimativa da polícia era de que aos menos 600 pessoas associadas ao crime organizado estavam sitiadas em um dos morros do Complexo do Alemão, isso antes das 'tropas de segurança' invadirem o lugar.
Exatamente nesse dia, eu conversava com alguns amigos que evidentemente estavam defendendo que ocorresse uma invasão ou massacre, enfim, que defendiam algum senso de justiça para os 600 vilões que estavam ali.
Bem, não quero defender bandidos, não gosto do crime organizado ou muito menos quero fazer a defesa dos direitos dos traficantes cariocas.

Acontece que, segundo estudos, cerca de 5% das pessoas são gênios, têm nível intelectual acima de média. E fico pensando...dentre esses 600, perdemos pelo menos 30 cérebros.
Trinta pessoas que poderiam, quem sabe, ter sido médicos competentes, engenheiros talentosos ou quem sabe cientististas de primeira linha.
Digo perdidos porque nessa altura do campeonato não acho que exista mais salvação para esses 30 bandidos 'brilhantes'.

Penso que há 10, 15 ou 20 anos atrás poderíamos ter salvado esses cérebros se tivéssemos dado oportunidades justas para essas pessoas.
Mesmo que não conseguíssemos salvar os 30, quem sabe ao menos 15, ou 10.
O que interessa é que perdemos essas pessoas para o crime organizado.
Sinceramente, gostaria que essas pessoas tivessem tido as mesmas oportunidades do que eu.
Dói saber que alguém que poderia ser útil para nossa sociedade vai passar os próximos 30 anos preso, enjaulado, custando caro para o estado e ainda sim desempenhando suas habilidades adquiridas de narcotraficante. Dói porque sei que o nosso dinheiro que está sendo gasto para manter as penitenciarias onde os bandidos ficarão, essencialmente será dinheiro jogado fora.
Infelizmente, não acredito que exista salvação para quem já tenha se envolvido dessa forma ao tráfico de drogas.

Enfim, depois de alguns meses da invasão me pergunto se alguma coisa mudou no Complexo do Alemão. Se estamos dando oportunidades para os pequenos e jovens moradores do lugar a terem algum tipo de vida razoavelmente digna.
E mais, me pergunto o que é que poderíamos para salvar os pequenos dali.

Penso o quanto estamos perdendo com os talentos, irreversivelmente corrompidos, dessas pessoas? E o quanto podemos vir a perder com aqueles que porventura venham a se corromper também.
Acho que a solução para acabar com esse problema é que temos que crescer e distribuir renda.
Nosso país é pobre, ainda é pobre, e precisa crescer.
Sem mais recursos não mudaremos nenhum desses problemas, entretanto é claro que precisamos fazer com que ao menos parte desse dinheiro também chegue nas comunidades mais pobres.

Sinceramente, acho que todos nós seríamos pessoas mais felizes se pudéssemos tirar um pedacinho da riqueza das zonas ricas do Brasil e que criássemos um lugar de prosperidade, de decência e boa qualidade de vida no meio dessas comunidades carentes.
Dias melhores virão, mas infelizmente, vão demorar.
Espero dias melhores para as pessoas de lá.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sonho

A conclusão de um sonho se aproxima. Enfim, não há nada melhor do que colher o saboroso fruto da vitória após tantos anos de dedicação. Agradeço a todas as pessoas que participaram um pouco, que contribuiram um pouco ao longo desses 10 anos.
Parte do mérito, claro é de vocês meus amigos.
Espero poder retribuir a vocês, e à outras pessoas, um pouco da recompensa que espero ter no futuro.
É um orgulho estar terminando essa etapa da minha vida, que foi alcançada sempre de maneira leal, digna e honesta.
De coração, agradeço a todos.
Dedico minha felicidade pra aqueles que ficaram pelo meio do caminho, que deram sua contribuição e que continuam e vão continuar sempre comigo.

Um grande abraço de seu amigo,

Luís

domingo, 30 de janeiro de 2011

Fernando Sabino

Ontem fui a um restaurante, no menu estava escrito a seguinte frase do Fernando Sabino.
Me amarrei e decidi compartilhar com vocês meus amigos.

"De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro".


Um abraço,

Luís