domingo, 10 de abril de 2011

Construir

Construo e desconstruo, para depois ter que refazer novamente.
Começo e insisto, até que encontre motivos para no futuro desistir.
Reinicio mais uma vez após terminar, para antes de concluir, começar de novo.

Sou o maior defensor das causas perdidas, entretanto já desisti de causas ganhas para que elas se tornassem perdidas uma vez mais.
Dentre os de esquerda, sou reacionário, porém para os de direita vivo o comunismo pleno.
Não sou fã de Fidel, muito menos simpatizante de George Bush, apesar de ter medo de Hugo Chavez.
Para os cristãos sou pagão ou secular, contudo para os ateus acredito em contos de fadas.
Sou o mais frio dos dramáticos, apesar de que já ter sido insensível de maneira a mostrar como sou demasiadamente emocional.

A melhor sensação do mundo é a de andar em círculos e depois descobrir que parei em um outro lugar.
Não há nada pior do que vagar aleatoriamente em busca de um epílogo, para então voltar ao mesmo ponto.
Certamente, o fim está longe de ser o começo, que por hora fica bem perto do fim.

Eu construo e em seguida destruo, para depois criar novamente.

3 comentários:

Unknown disse...

Luis,

Fiquei até zonzo lendo o texto.rsrs Tentei achar um referencial, ao longo do texto, para te acompanhar, mas não foi possível. Se sua intenção era me fazer viajar contigo acho que fiquei para trás. Mas a partir de agora vou acompanhar suas reflexões.
Belo texto!!!
Quem disse que matemático não sabe escrever! rsrs

Luís de Miranda disse...

Grande Marcus,

A ideia é que construir muitas vezes é o que interessa, mais do que o que se constrói em si(o que pode parecer contraditório e por isso tentei usar a contradição aqui).

A falta de denominações intermediárias, falta de alternativas aos extremos é um outro possível referencial que relaciono com a construção.

No final, o que tento abordar é que, às vezes, a tentiva de se construir alguma coisa ou fugir de um rótulo, não precisa necessariamente ser feita mudando rumos demais: pode acontecer mesmo andando em círculos.

Um abraço,

Luís

Anônimo disse...

Interesting.