O espírito sinuoso, corre. O vento se abre, a porta chia.
Incandescente, a água se dobra. Gélida, a luz escurece o fosco.
O néctar do difuso, é sólido. Diamante, um fluido viscoso.
A hipótese primordial é que a tese está correta. Como uma mãe que renasce do filho, a criatura que é prole de sua descendência.
A lógica é passional, se defende. O impulso, mostra-se como corolário da fenomenologia.
Vindas de fora, informações que nos fazem paraconsistentes. O ser e o não ser convivem através da dualidade da harmonia.
A orientação, segue através de uma estreita faixa de Möbius, lá habito.
Começa-se de cabeça para baixo, para depois ficarmos para cima.
Muda-se o tempo, transformam-se os paradigmas. O que acabou existe em excesso, e o que é novo transborda escassez.
De tão jovem, sente-se senil. É a velhice, que outrora se fez rejuvenescida.
Mas o futuro virou passado, e o presente vai demorar a chegar.
Agora, o espírito curioso se abre e o vento é quem corre sinuoso, enquanto a porta, chia.
2 comentários:
Perfeito este poema! Pela síntese das intensas antíteses que todos os humanos já passaram ou passarão. Leve, maturo e belo... Sublime.
Oi Juliana, fico feliz que tenha gostado!
Gosto do contraste, o poema é sobre isso.
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