segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Última

Visitar todas as cidades do mundo, conhecer todos os lugares não glamorosos e todas as pessoas diferentes--pois o convencional demais é chato.
Ir a todos os shows pequenos ou grandes, fazer deles fantásticos e inesquecíveis.
Dançar sozinho ou em grupos que foram esvaziados sem razão.

Entender o fluxo natural das coisas para poder concordar por teimosia.
Agir por impulsos, apaixonadamente fazer mil e seis loucuras para se orgulhar de ter se arrependido mais tarde.

Compor uma música e guardar consigo, escrever um poema escondido e secretamente ler todos os livros legais, para poder contar tudo a alguém depois.
Envelhecer com a intenção de rejuvenescer e poder sentir-se o mais novo dos velhos malucos que andam por aí.

Porventura, tentar provar o improvável, conjecturar, tentar alcançar os limites ainda a serem descobertos, por uma vez.
Procurar por uma agulha em uma sala escura, sem nem mesmo saber se o bendito objeto lá está.
Comemorar conquistas e perceber depois de um amargo café que todas elas estavam equivocadas.

Viver, desfrutar ou cativar o bem, guardar as melhores das recordações de cada pedaço de lembrança que se tem.
De todas, esta é a última e única.

3 comentários:

Anônimo disse...

Viver cada dia intensamente, buscando a melhor das experiências. O convencional demais é realmente chato. Devemos buscar aquilo que nos fornece emoções diferentes. Devemos errar, acertar, viver... Da melhor maneira possível.

A última é única é uma lembrança?

Luís de Miranda disse...

Oi sr(a) anônimo.

Sim, o texto fala da intensidade meio caótica (e legal por conta disso) que acredito que a vida deve ter.

Sobre a "Última e única", acho que as lembranças são múltiplas e devem ser cuidadosamente guardadas.
Me referia sobre as oportunidades que surgem--
a vida é única, depois disso aqui, acabou.

Um abraço, L.

Anônimo disse...

Olá, Luís!

Também acredito que a vida deva ter uma intensidade meio caótica. Tento sempre aproveita-la ao máximo, mas mesmo assim tenho a sensação frequente que ela está passando e eu estou ficando para trás.

Tem um trecho de uma música do Incubus que tem ficado na minha cabeça ultimamente que meio que transmite isso: "when she woke in the morning, she knew that her life had passed her by. Then she called out a warning: don't ever let life pass you by."

É bem isso.

E ah, sou uma "anônima". :) meu nome é Rafaela e conheci o seu blog por acaso. Estava pensando em criar um e olhei vários um dia desses, aí acabei chegando aqui. Gostei. :)

Um abraço!